Giovanna Antonelli está sempre acelerada. Com os olhos cerrados ou com o farto sorriso - que volta e meia escapa quando ela se distrai -, a atriz carioca não dá pistas de ter recém-completados 20 anos de carreira - estreou no infantil da Angélica da extinta Manchete, o Clube da Criança, em 1991. De assistente de palco, Giovanna se tornou uma das mais requisitadas atrizes da Globo, conquista devida, principalmente, ao fato de conseguir imprimir uma personalidade sempre marcante em suas personagens.
Com um discurso ágil, certas vezes até impaciente, a atriz de 35 anos parece ter pressa. Logo após o nascimento das gêmeas Antônia e Sofia, há um ano, ela voltou ao trabalho para gravar um episódio da série As Brasileiras, que estreia em 2012. Na sequência, foi fisgada para voltar às novelas com a segunda personagem cômica da carreira, a romântica e sonhadora Claudia, de Aquele Beijo, sua primeira protagonista em uma trama de Miguel Falabella.
"Vou falar muito de amor. Hoje em dia, sentimos falta desse amor romântico na televisão, dessas coincidências da vida", explica.
Confira a seguir a entrevista na íntegra com a atriz.
TV Press - Você já atuou em tramas de diversos autores, menos de Miguel Falabella. Como tem sido trabalhar com um texto essencialmente cômico?
Giovanna Antoneli - Foi uma das coisas que mais me seduziram, assim como justamente trabalhar com o Miguel. A gente sempre se namorou, durante anos, e nunca havíamos conseguido trabalhar juntos. Sempre que a gente se encontrava, eu falava, 'eu quero, quero, quero trabalhar com você!'. Estar em uma novela dele com o (diretor Roberto) Talma, que é um amigo querido, e a (diretora) Cininha de Paula, é como estar em família. Tenho carinho, amizade e admiração pelos três. Lembro que, quando recebi a sinopse, tinha acabado de ter minhas gêmeas. Elas estavam com três meses de idade e eu tinha acabado de ler a sinopse às 3h da manhã, entre uma mamada e outra. Às 3h30, estava mandando e-mail para o Talma, porque já tinha me apaixonado pela Claudia.
Giovanna Antoneli - Foi uma das coisas que mais me seduziram, assim como justamente trabalhar com o Miguel. A gente sempre se namorou, durante anos, e nunca havíamos conseguido trabalhar juntos. Sempre que a gente se encontrava, eu falava, 'eu quero, quero, quero trabalhar com você!'. Estar em uma novela dele com o (diretor Roberto) Talma, que é um amigo querido, e a (diretora) Cininha de Paula, é como estar em família. Tenho carinho, amizade e admiração pelos três. Lembro que, quando recebi a sinopse, tinha acabado de ter minhas gêmeas. Elas estavam com três meses de idade e eu tinha acabado de ler a sinopse às 3h da manhã, entre uma mamada e outra. Às 3h30, estava mandando e-mail para o Talma, porque já tinha me apaixonado pela Claudia.
TV Press - Que tipo de composição essa personagem exigiu de você?
Giovanna - Ela é arquiteta, se especializou em "design" de cozinha. Só saber disso me bastou para fazer a composição da profissão da personagem, porque o trabalho dela não é o mote principal da história, o que a move é seu envolvimento amoroso. A trama fica toda em cima da história de amor, do romance. Ela é uma profissional realizada, independente, um mulherão que tem esse sonho dourado de casamento tradicional, de usar véu e grinalda em uma igreja. Casar assim nunca foi um sonho meu, mas não me incomodo se um dia precisar fazer isso (risos). Ela está noiva do Rubinho (personagem de Victor Pecoraro) há 10 anos e está na boca de realizar o sonho de subir no altar, quando se apaixona perdidamente por Vicente (Ricardo Pereira) depois de eles ficarem amigos. Mas todas as referências que tive para ela estavam no texto do Miguel, que é muito completo. Em alguns momentos, apenas relembro cenas de filmes e me inspiro.
Giovanna - Ela é arquiteta, se especializou em "design" de cozinha. Só saber disso me bastou para fazer a composição da profissão da personagem, porque o trabalho dela não é o mote principal da história, o que a move é seu envolvimento amoroso. A trama fica toda em cima da história de amor, do romance. Ela é uma profissional realizada, independente, um mulherão que tem esse sonho dourado de casamento tradicional, de usar véu e grinalda em uma igreja. Casar assim nunca foi um sonho meu, mas não me incomodo se um dia precisar fazer isso (risos). Ela está noiva do Rubinho (personagem de Victor Pecoraro) há 10 anos e está na boca de realizar o sonho de subir no altar, quando se apaixona perdidamente por Vicente (Ricardo Pereira) depois de eles ficarem amigos. Mas todas as referências que tive para ela estavam no texto do Miguel, que é muito completo. Em alguns momentos, apenas relembro cenas de filmes e me inspiro.
TV Press - De que forma isso acontece?
Giovanna - Antes de gravar uma cena, lembro de um momento de algum filme, do clima, da cena, e me inspiro na hora. Na verdade, falar de amor é uma coisa que todo mundo gosta. As pessoas sentem falta de ver mais romance na televisão. E essa é uma novela que fala basicamente de encontros, coincidências, amor. Estamos resgatando esse clima e a Claudia é muito sonhadora, tem bom caráter, é batalhadora e tem personalidade forte.
Giovanna - Antes de gravar uma cena, lembro de um momento de algum filme, do clima, da cena, e me inspiro na hora. Na verdade, falar de amor é uma coisa que todo mundo gosta. As pessoas sentem falta de ver mais romance na televisão. E essa é uma novela que fala basicamente de encontros, coincidências, amor. Estamos resgatando esse clima e a Claudia é muito sonhadora, tem bom caráter, é batalhadora e tem personalidade forte.
TV Press - Depois de viver em Três Irmãs a Alma, que foi uma mocinha engraçada, a Claudia te aprofunda ainda mais na comédia. Você se identifica com o gênero?
Giovanna - O que seria da vida sem humor? Só é feliz quem tem humor. Mas o que gosto mesmo no meu trabalho é diversificar, independentemente do gênero, fazer personagens diferentes. É essa a minha preocupação desde que comecei minha carreira. Comédia foi uma coisa que fui tateando em Três Irmãs, e, apesar de estar aprendendo a fazer, gosto muito do gênero e acho que essa é mais uma oportunidade. E com uma mulher completamente diferente daquela, com um outro tom de humor. Estou em êxtase. As novelas do Miguel sempre têm humor. Mas também quero fazer outra vilã, que foi uma das coisas que mais curti na minha carreira. Comédia é um prazer, mas ainda estou tateando.
Giovanna - O que seria da vida sem humor? Só é feliz quem tem humor. Mas o que gosto mesmo no meu trabalho é diversificar, independentemente do gênero, fazer personagens diferentes. É essa a minha preocupação desde que comecei minha carreira. Comédia foi uma coisa que fui tateando em Três Irmãs, e, apesar de estar aprendendo a fazer, gosto muito do gênero e acho que essa é mais uma oportunidade. E com uma mulher completamente diferente daquela, com um outro tom de humor. Estou em êxtase. As novelas do Miguel sempre têm humor. Mas também quero fazer outra vilã, que foi uma das coisas que mais curti na minha carreira. Comédia é um prazer, mas ainda estou tateando.
TV Press - A Bárbara, de Da Cor do Pecado, foi sua única vilã na tevê. Você sempre costuma fazer mocinhas e heroínas mais densas, como a Anita Garibaldi em A Casa das Sete Mulheres, ou a Jade, de O Clone. Por quê?
Giovanna - Para mim, o mais importante é sempre um bom papel, não importa o tamanho ou se vai ser heroína ou vilã. Me interesso por personagens grandes, que percebo interessantes independentemente do que já fiz. Essa sempre foi minha meta de carreira. E também adoro mudar completamente de visual a cada personagem. Agora estou de cabelo mais curto e tingido. Essa transformação é uma premissa básica para mim.
Giovanna - Para mim, o mais importante é sempre um bom papel, não importa o tamanho ou se vai ser heroína ou vilã. Me interesso por personagens grandes, que percebo interessantes independentemente do que já fiz. Essa sempre foi minha meta de carreira. E também adoro mudar completamente de visual a cada personagem. Agora estou de cabelo mais curto e tingido. Essa transformação é uma premissa básica para mim.
TV Press - Antes de começar a gravar Aquele Beijo, você voltou da licença-maternidade para atuar na sérieAs Brasileiras, do Daniel Filho. Como vai ser essa personagem, a Gigi Ramon?
Giovanna - A Gigi Ramon, na verdade, se chama Gisleyne Ramos (risos). Ela representa São Paulo e é uma mulher rica e extremamente vaidosa. Compra um vestido para ir a um evento, descobre que outra mulher vai com o mesmo vestido que ela e resolve se vingar. É uma comédia dramática. A outra mulher é vivida pela Vivianne Pasmanter. Depois, no mesmo evento, aparece uma terceira mulher com o mesmo vestido. Ela enlouquece (risos)!
Giovanna - A Gigi Ramon, na verdade, se chama Gisleyne Ramos (risos). Ela representa São Paulo e é uma mulher rica e extremamente vaidosa. Compra um vestido para ir a um evento, descobre que outra mulher vai com o mesmo vestido que ela e resolve se vingar. É uma comédia dramática. A outra mulher é vivida pela Vivianne Pasmanter. Depois, no mesmo evento, aparece uma terceira mulher com o mesmo vestido. Ela enlouquece (risos)!
TV Press - Logo depois de gravar esse episódio, você foi à Colômbia para as primeiras gravações da novela, em Cartagena. Como foi?
Giovanna - Foi incrível! Essa cidade é uma graça! Levei comigo as crianças, Sophia, Antônia e o Pietro. Passamos 15 dias lá. Acho sempre bom quando uma novela começa viajando. Isso dá um entrosamento legal, um clima descontraído. Você trabalha se divertindo porque está em outro lugar e o espírito de união reina nessas viagens. As equipes acabam se fundindo. Fora que o Ricardo Pereira é tão amigo de amigos meus que, quando a gente se encontrou, parecia que a gente se conhecia a vida inteira. Somos parceiros, jogamos no mesmo time em cena.
Giovanna - Foi incrível! Essa cidade é uma graça! Levei comigo as crianças, Sophia, Antônia e o Pietro. Passamos 15 dias lá. Acho sempre bom quando uma novela começa viajando. Isso dá um entrosamento legal, um clima descontraído. Você trabalha se divertindo porque está em outro lugar e o espírito de união reina nessas viagens. As equipes acabam se fundindo. Fora que o Ricardo Pereira é tão amigo de amigos meus que, quando a gente se encontrou, parecia que a gente se conhecia a vida inteira. Somos parceiros, jogamos no mesmo time em cena.
TV Press - Neste ano você está completando 20 anos de carreira, desde sua estreia no Clube da Criançacomo Angeliquete, na Manchete. Que análise faz dessa trajetória?
Giovanna - Foram muitos personagens e experiências marcantes. Olhando para trás, vejo que fui atingindo as metas que sempre sonhei, diversificando o meu trabalho a cada ano, aprendendo mais a cada personagem. Também adoro fazer cinema, que é uma coisa que tento manter pelo menos com um filme por ano, porque me dá prazer. E agora, para o futuro, penso em fazer mais teatro, que faço pouco. Quero buscar motivações diferentes.
Giovanna - Foram muitos personagens e experiências marcantes. Olhando para trás, vejo que fui atingindo as metas que sempre sonhei, diversificando o meu trabalho a cada ano, aprendendo mais a cada personagem. Também adoro fazer cinema, que é uma coisa que tento manter pelo menos com um filme por ano, porque me dá prazer. E agora, para o futuro, penso em fazer mais teatro, que faço pouco. Quero buscar motivações diferentes.
Corrida contra o tempo
Giovanna Antonelli sempre teve disciplina para manter a boa forma. Já fez aulas de boxe, 15 anos de balé clássico e chegou a tentar se acostumar ao pilates. Mas sua maior atenção com o corpo foi após ter engordado 23 kg na gravidez de seu primogênito, Pietro, de seis anos. Por isso mesmo, a atriz tem novamente mudado sua rotina nos últimos meses, após o nascimento de Antônia e Sophia, que acabam de completar um ano de idade.
Giovanna Antonelli sempre teve disciplina para manter a boa forma. Já fez aulas de boxe, 15 anos de balé clássico e chegou a tentar se acostumar ao pilates. Mas sua maior atenção com o corpo foi após ter engordado 23 kg na gravidez de seu primogênito, Pietro, de seis anos. Por isso mesmo, a atriz tem novamente mudado sua rotina nos últimos meses, após o nascimento de Antônia e Sophia, que acabam de completar um ano de idade.
Dois meses após o parto, Giovanna logo se concentrou em voltar à antiga forma e passou a correr na praia cinco vezes por semana com personal trainer. Completamente avessa à ideia de frequentar academia, ela prefere apenas fazer exercícios aeróbicos ao ar livre. "Até já malhei em casa, com aparelhos. Não gosto é ter de sair para ir até a academia ou ao salão. Gosto de fazer tudo em casa. Mas a corrida, faço na praia", explica a atriz, que também mantém uma alimentação pobre em gorduras e açúcares para manter a forma.
Apesar de todos os cuidados, gosta de ressaltar: "meu dia a dia já emagrece, pois minha vida está muito agitada com essa criançada toda!".
Foco aguçado
Uma das paixões de Giovanna é atuar no cinema. Sempre atenta a novos roteiros, a atriz costuma ler diversos projetos para filmar nos intervalos em que atua na TV. Programando-se para, quem sabe, começar a rodar mais um longa após as gravações da novela, ela não se cansa de relembrar seus trabalhos mais marcantes nas telonas, como Budapeste, de Walter Carvalho, Maria, Mãe do Filho de Deus, de Moacyr Góes, Caixa Dois, de Bruno Barreto, entre outros.
Uma das paixões de Giovanna é atuar no cinema. Sempre atenta a novos roteiros, a atriz costuma ler diversos projetos para filmar nos intervalos em que atua na TV. Programando-se para, quem sabe, começar a rodar mais um longa após as gravações da novela, ela não se cansa de relembrar seus trabalhos mais marcantes nas telonas, como Budapeste, de Walter Carvalho, Maria, Mãe do Filho de Deus, de Moacyr Góes, Caixa Dois, de Bruno Barreto, entre outros.
Na TV, no entanto, um dos marcos de sua carreira foi a determinada Jade, de O Clone, trama recentemente reprisada pela Globo. Ou quando viveu a prostituta Capitu em Laços de Família, seu primeiro papel de grande destaque na teledramaturgia. "Gosto de diversificar. Estou sempre lendo novas propostas porque sempre aparece algo interessante para me motivar", explica.
Trajetória Televisiva
Clube da Criança (Manchete, 1988) - Angeliquete
Tropicaliente (Globo, 1991) - Benvinda
Tocaia Grande (Manchete, 1995) - Ressu
Xica da Silva (Manchete, 1996) - Elvira
Corpo Dourado (Globo, 1998) - Judy
Força de Um Desejo (Globo, 1999) - Violeta
Malhação (Globo, 1999) - Isa
Laços de Família (Globo, 2000) - Capitu
O Clone (Globo, 2001) - Jade
A Casa das Sete Mulheres (Globo, 2003) - Anita Garibaldi
Da Cor do Pecado (Globo, 2004) - Bárbara
Amazônia - De Galvez a Chico Mendes (Globo, 2007) - Delzuíte
Sete Pecados (Globo, 2007) - Clarice
Três Irmãs (Globo, 2008) - Alma
Viver a Vida (Globo, 2009) - Dora
Aquele Beijo (Globo, 2011) - Claudia
Clube da Criança (Manchete, 1988) - Angeliquete
Tropicaliente (Globo, 1991) - Benvinda
Tocaia Grande (Manchete, 1995) - Ressu
Xica da Silva (Manchete, 1996) - Elvira
Corpo Dourado (Globo, 1998) - Judy
Força de Um Desejo (Globo, 1999) - Violeta
Malhação (Globo, 1999) - Isa
Laços de Família (Globo, 2000) - Capitu
O Clone (Globo, 2001) - Jade
A Casa das Sete Mulheres (Globo, 2003) - Anita Garibaldi
Da Cor do Pecado (Globo, 2004) - Bárbara
Amazônia - De Galvez a Chico Mendes (Globo, 2007) - Delzuíte
Sete Pecados (Globo, 2007) - Clarice
Três Irmãs (Globo, 2008) - Alma
Viver a Vida (Globo, 2009) - Dora
Aquele Beijo (Globo, 2011) - Claudia
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